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De acordo com o dicionário Houaiss (2002) o verbo imaginar significa formar imagem mental de algo não presente; criar na imaginação; idear. Descobrir, criar (algo abstrato); idear, fantasiar, inventar.
Fazer idéia de (algo, alguém ou de si mesmo); visualizar(-se).
O substantivo imaginação, segundo o mesmo dicionário, é a faculdade que possui o espírito de representar imagens.
Capacidade de evocar imagens de objetos anteriormente percebidos. Capacidade de formar imagens originais.
Faculdade de criar a partir da combinação de idéias; criatividade.
A visualização ou imagem mental é, segundo Epstein (1989), a mente pensando por meio de imagens. Para Achterberg (1985) apud Carvallho (1994), a imagem é o processo de pensamento que evoca o uso dos sentidos – visão, audição, olfato, gustação, o sentido do movimento, posição e toque.
É o mecanismo não-verbal e não-lógico de comunicação entre a percepção, a emoção e a mudança corporal. As imagens mentais são o conteúdo da imaginação.
Não estamos acostumados com esse tipo de pensamento (por imagens), pois o pensamento lógico ganhou precedência sobre os demais a partir do século XVII, por ser a base da ciência (EPSTEIN, 1989).
A metodologia científica clássica fez com que a ciência médica se afastasse do pensamento não-lógico, não-verbal, não-linear.
Entretanto, a utilização médica da imaginação por intermédio das imagens é comum em várias culturas no decorrer da história.
Segundo Carvalho (1994, p.162), “na medicina primitiva, nos feiticeiros ou shamans, o uso da visualização era comum e freqüente.
Desde as mais remotas informações sobre curas na China, no século XVIII a.C., no antigo Egito, no Tibet, nos oráculos gregos, na África e entre os esquimós, encontramos relatos sobre o uso da visualização. sclepius, Aristóteles, Galeno e Hipócrates, considerados pais da medicina ocidental, usavam visualizações para o diagnóstico das doenças e para os tratamentos.
Nos indígenas norte-americanos e sul-americanos, o uso das imagens mentais é comum até hoje nos seus rituais de cura”.
No início do século XX métodos de imagens mentais começaram ser usados para tratar principalmente problemas emocionais: Robert Desoille, médico francês, propôs a técnica do “sonho acordado dirigido” ou “sonho desperto” (rêve éveillé); Carl Gustav Jung, a “imaginação ativa”; Hans Carl Leuner, a “imaginação dirigida” (ou “imagens efetivas direcionadas”); Roberto Assagioli, a “psicossíntese”; Schultz, o “treinamento autógeno”.
Mais recentemente Fritz Perls propôs trabalhos de fantasia dirigida, o psicodrama interno, desenvolvido a partir do trabalho de Moreno, a utilização da visualização na técnica comportamental de Wolpe e tantos outros.
Hoje existem também pesquisas e trabalhos clínicos utilizando a visualização como recurso terapêutico no tratamento de diferentes enfermidades, tais como as alergias, as infecções, as desordens auto-imunes, como a esclerose múltipla, a artrite reumatóide, o câncer e a AIDS (CARVALHO, 1994).
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EPSTEIN, Gerald. Imagens que curam. Campinas, SP : Livro Pleno, 1989.
CARVALHO, Maria Margarida M. J. Visualização e câncer. In: _____. (Org.). Introdução a psiconcologia. Campinas, SP : Editorial Psy, 1994.
HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico da língua portuguesa. Rio de Janeiro : Objetiva, 2002. 1 CD-ROM.
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